Deu no Vermeho:No início deste mês estive no México, a convite do ministro Reinhold Stephanes, integrando uma “missão de aproximação” do governo brasileiro com os nossos irmãos astecas. A missão foi composta por alguns Secretários de Agricultura e por empresários de diversos ramos do agronegócio, além dos integrantes do Ministério da Agricultura (MAPA), dentre os quais o próprio ministro.
por Eron Bezerra
Engenheiro Agrônomo, Professor da UFAM,
Deputado Estadual Licenciado,
Secretário de Agricultura do Estado do Amazonas,
membro do CC do PCdoB.
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Isto se explica porque o Brasil, nos governos anteriores, priorizou intercambio com os Estados Unidos, por exemplo, em detrimento de parceiros latinos. Na visita a SAGARPA – o equivalente ao Ministério da Agricultura – isto ficou muito evidente quando eles nos disseram que não se recordavam de ter recebido uma outra missão brasileira, com aquela finalidade, nos últimos 50 anos.[ . . . ]
Fica claro que apesar de estarmos relativamente próximos, falarmos línguas semelhantes e termos até mesmo hábitos culturais parecidos, não temos o México entre os nossos parceiros prioritários, seja na área comercial, industrial, cultural e ou política. O México comercializa com a África, Ásia, Europa, Oceania e, principalmente, com os Estados Unidos da América, de onde importa milhares de toneladas de alimentos todo ano. O Brasil adota basicamente o mesmo comportamento. Mantém relações comerciais com todos esses continentes e desconsidera parceiros fundamentais como o México e demais países da América Latina.Espero, portanto, que a nossa missão tenha de alguma forma contribuído para eliminar esse fosso, que certamente não foi criado pelo nosso povo, mas sim por uma elite política completamente alheia a realidade de seus países.
Leia na íntegra em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=22714
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