Estudos recentes indicam que o fantasma da recessão mundial, temido desde o estouro da bolha especulativa nos EUA, já assombra a Europa. A primeira nação do velho continente a sentir seus efeitos foi a ex-sólida Dinamarca. Na seqüência, as estatísticas apontaram crescimento negativo também nos dois países motores da União Européia. Pela primeira vez nos últimos quatro anos, a Alemanha registrou queda de 0,5% no Produto Interno Bruto no segundo trimestre, contra 1,3% de crescimento no primeiro. Já na França, a contração do PIB foi de 0,3% no mesmo período.
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Dura aterrissagem da economia
Chris Giles, articulista do Financial Times, foi um dos que alertou para este risco iminente. Para ele, as notícias dos últimos dias causam “certo choque” para os que acompanham a evolução da economia européia. “O grande medo é o de que a atual desaceleração se torne um ciclo vicioso no qual a fraqueza da economia abala o já frágil sistema financeiro. Para muitos, o que parece certo é a veracidade do velho adágio que diz que, quando os EUA espirram, o resto do mundo pega um resfriado. A conversa sobre descolamento – capacidade das economias de se manterem firmes diante da fraqueza norte-americana – se provou completamente falsa”.
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Abalo nos emergentes do Bric
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Roubini é bem mais pessimista do que Chris Giles, que vê vantagens na retração do mercado de commodities dos países chamados emergentes. De qualquer forma, as previsões de ambos, com base nas informações recentes sobre a retração da economia européia, não são nada animadoras. Como diz o ditado, aonde há fumaça, há fogo. O Brasil que se cuide para não arder em chamas.
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