Deu na Biruta do Sul:A idéia da Governadora Yeda Crusius de criar o “Gabinete de Transição” até que se consiga formar um “Gabinete de Governo” de tipo “parlamentarista” com personalidades “acima de qualquer suspeita”, é uma evidência clara de que a situação da Governadora e do governo ficou insustentável.
Jeferson Miola
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A decisão é também sinal claro de que o conservadorismo gaúcho busca o enquadramento da “sua classe” em torno de um projeto que possa representar a salvação do que resta. Uma coisa é certa: deixar se consumar a queda da Governadora poria muita água no moinho do PT e praticamente asseguraria a vitória eleitoral em 2010 por antecipação. Esse é um divisor de águas que parece ter sensibilizado até mesmo os setores partidários recalcitrantes, que nos últimos dias pendiam entre a posição de ruptura com o governo ou de continuidade crítica na base de apoio.[ . . . ]
Apesar do rescaldo dos acontecimentos da semana passada, a iniciativa de blindagem da Governadora – um gesto importante de obstrução do caminho do impeachment – altera qualitativamente a conjuntura, desta vez em favor do governo. A governadora ganha, assim, sobrevida na UTI do hospital político.[ . . . ]
A disputa pela abertura do impeachment não é partidária, porque deve ser uma luta cívica, que deve buscar o alinhamento da intelectualidade, do parlamento, dos movimentos sociais, da OAB, CNBB, Igrejas, ARI, dos Deputados Estaduais e de todos aquelas pessoas que querem recuperar um sentido de decência na política gaúcha. A tarefa primordial é produzir referências objetivas e subjetivas que animem o amplo movimento com tal amplitude e expressão social - única maneira de evitar que a mídia que vem atuando dignamente na repercussão deste episódio, capitule ao arreglo em curso.Leia na íntegra em http://birutadosul.blogspot.com/2008/06/gabinete-de-transio-o-primeiro-arreglo.html
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