O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade.
Joaquim Nabuco, 1849-1910

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fome prospera no capitalismo do século 21

Deu no Vermelho:
por Adalberto Monteiro*
Depois de mais dois séculos da revolução francesa, que prometeu “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”, a Organização das Nações para Agricultura e Alimentação (FAO) realizou em Roma uma Cúpula sobre a Segurança Alimentar.
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Sobre os subsídios, conforme apontam estudos da FAO, os países da OCDE (os 30 mais ricos do mundo) gastaram US$ 372 bilhões, em 2006, para apoiar sua agricultura. É uma política cruel. Por um lado, dificulta a entrada dos produtos agrícolas dos países pobres no mercado daqueles países ricos, por outro, inunda os primeiros com produtos subsidiados e trava o desenvolvimento agrícola deles.
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Quanto ao etanol de milho estadunidense – denominado pelo presidente Lula de mau etanol porque depende da “gordura de subsídios” –, de fato, privilegia a sede dos automóveis à fome dos pobres. Segundo a FAO, mais de US$ 11 bilhões foram usados como subsídios para biocombustíveis.
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Bem disse o editorial do Vermelho: “No âmbito dessa realidade trágica, a esperança vem dos países socialistas e dos países regidos por governos democráticos e populares. Por exemplo, a China socialista retirou mais de 200 milhões de pessoas da linha de pobreza, o Vietnã outros milhões. Na América do Sul, os governos de Lula, Chávez, Morales, Vasquez, Caldeira, dentre outros, conseguem também vitórias importantes no regaste da dívida social com seus povos”.

Todavia, essa boa-nova – milhões retirados da linha pobreza – resulta no capitalismo contemporâneo em desgraça. Ele tem outras prioridades. Alimentar famintos está no final da lista.

* Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta, é secretário nacional de Formação e Propaganda do PCdoB e presidente do Instituto Maurício Grabois. Leia na íntegra em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=38396

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