O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade.
Joaquim Nabuco, 1849-1910

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quinta-feira, 20 de março de 2008

O poderoso dólar

Deu no SINTAF-RS:
João Pedro Casarotto,
diretor do Sintaf/RS e ex-presidente da Afisvec
A aparente fraqueza do dólar é justamente a maior demonstração da sua força, pois ele está impondo aos demais países o pagamento da conta do ajuste do déficit comercial e das irresponsáveis aventuras financeiras, dos mercados norte-americanos. Eles só estão aplicando o “freio de arrumação“ que além de aglomerar na marra os passageiros mostra quem está no comando.

É como nas guerrinhas “cirúrgicas“, no fim apresentam a conta para todos. E todos mansamente, porque não têm alternativa, pagam!

Estamos presenciando a mais pura demonstração da supremacia dos irmãos do norte. Algumas demonstrações:

1. vendem porcaria a preço de brilhante (papéis do subprime);
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3. provocam uma colossal transferência de renda das demais economias para a sua, via juros, dividendos e lucros;
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5. desdenham o apelo dos impotentes aliados que imploram um mínimo de moderação no seu ajuste;
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7. equilibram a sua balança comercial mediante o aumento das exportações de suas empresas sem competitividade e sem mercado interno; etc.etc.

Inadvertidamente alguns vendem o sonho da breve quebra da hegemonia econômica dos EUA e a conseq¨ente deterioração do padrão-dólar. Puro ilusionismo; hoje ninguém tem força para tanto, pois o Yene e o Euro já ajoelharam e o Yuan está começando a flexionar os joelhos. O nosso sonho de testemunhar a queda do império está longe de acontecer.

Dois exemplos de sonhos que também, para alguns, “indicavam“ a queda do império:

1) FATO: o desmonte da União Soviética e o fim da bipolaridade mundial, SONHO: iniciar-se-ia a formação de vários blocos mundiais (América, Europa, Árabes, Oriente) iniciando a era da multipolaridade mundial;

2) FATO: ataque às torres gêmeas, SONHO: o império reconheceria a sua fragilidade e passaria a ser mais solidário com o resto do mundo.

Esta hegemonia outorga ao Dólar as categorias de parâmetro e de reserva internacional, definidoras da economia dominante. Portanto pensar que os EUA, com sua exuberante hegemonia militar, permitirão ameaças a sua moeda não é sonho, é delírio.
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Assim como no filme famoso, na vida real também o dólar furado salva o mocinho. A única diferença é de que no filme a moeda foi furada pelo bandido e na vida real ela foi furada pelo dedo do proprietário do patacão.
Leia na íntegra em http://www.sintaf-rs.org.br/inf_noticia_detalhe.asp?cod_noticia=2099

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