O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade.
Joaquim Nabuco, 1849-1910

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sexta-feira, 7 de março de 2008

As despesas militares do planeta estão ao mesmo nível do tempo da guerra fria

Deu no Resistir.Info:
por Michel Cabrol

A maior parte dos países do planeta aumenta a olhos vistos as suas despesas militares. Todos, salvo os países da União Europeia, inclusive a França. Em 2006 elas elevaram-se a 1.204 mil milhões de dólares segundo o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), que é a referência no assunto. Isto equivale a 2,5% do PIB mundial. Este montante não era atingido desde 1988, época do fim da guerra fria. Representa uma alta das despesas de 3,5% em relação a 2005, e de 37% entre 1997 e 2006.
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Os 15 países mais gastadores em 2006. Neste contexto de escalada, as vendas de armas dispararam. Entre 1996 e 2005, os fornecimentos mundiais de armas haviam-se estabilizado em torno dos 55 mil milhões de euros. Em 2006, o volume dos fornecimentos cresceu para 67 mil milhões, ou seja, um salto de 21,8%. "Esta progressão corresponde a aquisições de armamentos de novas gerações que são materiais mais refinados e portanto mais caros que anteriormente", explica-se em Paris [1] . Em 2006, o mercado ficou sem fôlego ao passo que no período 1996-2005 manteve-se constante". Para 2007, a tendência permanece sempre para a alta. A Thales confirma o grande retorno da exportação no domínio da defesa. "2007 foi um bom ano. Todas as regiões do mundo aumentaram o seu esforço, com excepção da Europa", afirmou Denis Ranque em Janeiro uúltimo.

Alta tecnologias
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Todos os observadores prevêem que o mercado do armamento vai continuar numa rampa ascendente. Nomeadamente com a renovação de certos grandes equipamentos, como as frotas de aviões de combate. E também devido a novas estratégias: os estados-maiores repensaram seus equipamentos na sequência dos conflitos no Kosovo, no Afeganistão e no Iraque. Ao invés de tanques e dos helicópteros de ataque os estrategas privilegiam hoje "materiais muito mais móveis e aerotransportáveis".

[1] Este artigo está na página de negócios e estratégia de La Tribune, que não está aberta ao leitor da edição digital (só aos assinantes), parece ter sido produzido em resposta a um livro branco sobre a defesa a publicar em França. Este livro branco reflecte a nova posição do presidente, que estava na origem do seu conflito com Chirac. Sarkozy exige, desde a sua passagem em Bercy, economias orçamentais na defesa. O artigo de La Tribune destina-se a fazer entender que estamos num mundo perigoso onde conflitos de alta intensidade podem ocorrer. Assim, com o rigor orçamental previsto na próxima lei de programação, arriscamo-nos a perder definitivamente em relação ao Reino Unido e além disso há o risco de haver todo um novo material de alta eficiência que não poderíamos atingir. Apesar de este artigo insistir sobre certos aspectos perigosos do rigor orçamental para a indústria do armamento, ele não deixa de ser interessante. (Nota de Danielle Bleitrach)
21/Fevereiro/2008
Leia na íntegra em http://www.resistir.info/varios/armamento.html
O original encontra-se em http://www.legrandsoir.info/spip.php?article6063

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