O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade.
Joaquim Nabuco, 1849-1910

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A esquerda e a eleição paulistana

Deu no Vermelho:
por Rodrigo Carvalho*
A esquerda paulistana está dividida nesta etapa das articulações políticas com vista à eleição paulistana. Essa constatação é acompanhada pela intensa movimentação das forças partidárias, que atuam para reforçar candidaturas, conquistar aliados, se posicionarem de modo a influenciar no processo de disputa e, finalmente, se posicionarem na conquista de espaços no legislativo e na gestão futura. A condição atual é a do diálogo amplo com as mais variadas forças políticas que atuam na metrópole.
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O PDT lançou o nome do deputado federal e sindicalista Paulo Pereira da Silva, como elemento de debate entre os seus partidários e com o chamado Bloco de Esquerda, que reúne PSB, PCdoB, PMN e PRB. Paulinho da Força, já foi candidato a prefeito em 2004 e obteve 86 mil votos (1,4% da votação). Sua candidatura não depende tanto de alianças, já que pode trabalhar para manter sua base de apoio. O debate está em aberto e o movimento dos pedetistas parece mais para a composição com outras forças políticas.
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O PCdoB entra como novidade na disputa, pois faz um movimento afirmativo de candidatura própria e se descola a aliança prioritária com o PT. O nome do deputado federal Aldo Rebelo é respeitado, precisa, contudo, se consolidar como alternativa neste grande jogo. É vital para Aldo a composição com outras forças políticas, em especial os partidos do Bloco de Esquerda e o PMDB. O ex-presidente da Câmara Federal é reconhecido como bom articulador político, figura de bom debate e comprometido com as causas populares. Pesa contra seu nome justamente o fato de nunca ter disputado um pleito majoritário e seu partido não reunir condições mais favoráveis para a disputa.
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Será possível uma unidade da esquerda para a disputa paulistana ainda no primeiro turno?
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O PT, que deveria ser o maior promotor da unidade, faz sua opção ao centro através de novas alianças prioritárias. Outra questão importante é a postura hegemonista e muitas vezes arrogante dos petistas no pouco trato político. Ao fim e ao cabo, para o PT, a unidade não é o centro estratégico para a disputa eleitoral.

A eleição paulistana ruma para a apresentação de várias alternativas de esquerda, tendo ainda a chance de consolidar um novo bloco de partidos. A observação das idéias, opiniões, posturas e propostas farão a diferença entre esses concorrentes.

* Rodrigo Carvalho, Sociólogo, membro da direção estadual do PCdoB em São Paulo. Leia na íntegra em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=33172

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