O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade.
Joaquim Nabuco, 1849-1910

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sábado, 15 de setembro de 2007

Yeda faz política com polícia

Deu no Correio do Brasil:
Por Frei Pilato Pereira - de Santa Maria, RS

Três colunas de trabalhadores e trabalhadoras sem terra marcham rumo a Fazenda Guerra no município de Coqueiros do Sul. Uma coluna iniciou a marcha por Pelotas, região sul do Estado, outra por Porto Alegre e uma terceira coluna iniciou em Boçoroca, região missioneira. As três colunas iniciaram a marcha no dia 11 de setembro. O objetivo desta marcha é pressionar o governo Lula para desapropriar a Fazenda Guerra em Coqueiros do Sul, uma área com 9 mil hectares de terra que gera apenas dois empregos fixos e vinte temporários.
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A governadora Yeda, como não é capaz de dialogar com os movimentos sociais, adotou uma política de polícia. No início da marcha em Pelotas e Porto Alegre a polícia agiu imediatamente e com muita violência. Em Boçoroca tudo iniciou bem e com muita calma, pouca polícia e muito apoio da sociedade, mas aos poucos isso foi mudando. Não há um grande aparato policial acompanhando a marcha, mas as poucas viaturas e camburão que estão seguindo a coluna das missões têm demonstrado a prepotência policial. Pois um fato, para citar, ocorrido nesta quarta-feira em São Luiz Gonzaga, demonstra a forma de como a polícia da Yeda está orientada para tratar os trabalhadores que se organizam.
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Fiz campanha pelo desarmamento, sou contra a venda de armas, nunca usei uma arma, mas, por estar com os sem terra, a polícia da Yeda me abordou com a acusação de estar armado. É uma falta de respeito com a pessoa humana e com os movimentos sociais. Imagina, você estar andando na rua cumprindo suas obrigações, como um cidadão comum, enquanto os bandidos seguem planejando e realizando assaltos e a violência pelo Estado a fora sem solução, mas a polícia vem e te aborda exigindo que você entregue a arma que você não tem e nem se quer conhece. Isso porque você está apoiando a luta organizada dos sem terra. A política da Yeda com os pobres não é feita de dialogo e atenção, mas com a repressão policial.

Frei Pilato Pereira é frade capuchinho.
pilato@capuchinhosrs.org.br
Leia na íntegra em http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=125884

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